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A entrada do Banco Central no mercado de câmbio (vendendo swap reverso) não visa preservar o valor do dólar para estimular as exportações, mas minimizar as perdas dos investidores que adquiriram "swap" anteriormente e estavam tendo perdas com a apreciação do real. A análise é do Luiz Sérgio, do Valor:
O Banco Central inverteu ontem a sua rota habitual de intervenção no câmbio e, ao invés de vender dólares, comprou moeda no mercado futuro. Depois de quase oito meses sem comprar dólares, o BC colocou ontem 67,6 mil contratos de swap cambial reverso, com vencimento em 1º de junho. Por meio deles, adquiriu US$ 3,41 bilhões. E, supostamente, impôs um piso à queda do dólar. Como a operação foi desfechada quando a cotação da moeda à vista ameaçava romper R$ 2,10, os analistas entenderam que esse é o preço mínimo tolerado pela autoridade. O BC parece querer evitar declínio muito acentuado do câmbio capaz de atrapalhar as exportações. (…)
O dólar desvaloriza-se pesadamente desde março. Nos últimos dois meses, tombou 7,97%, impondo grave prejuízo aos detentores dos swaps normais, os que pagam a variação cambial, descontada a taxa Selic. Neste ano foram vendidos R$ 16 bilhões desses contratos. Ao voltar a colocar os reversos, o que não fazia desde 29 de setembro, o BC proporciona indiretamente a possibilidade de redução das perdas, já que os novos contratos são remunerados com base na variação da Selic. O risco cambial passa a ser assumido pelo BC. Se o reverso é um instrumento perfeito de oferecimento de liquidez às instituições interessadas em sair dos swaps cambiais tradicionais, é deficiente se o objetivo da autoridade for o de conter a onda de reapreciação cambial.
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