terça-feira, 22 de dezembro de 2009

A crise que o governo evitou...

A crise que o governo evitou

Autor(es): VINICIUS TORRES FREIRE
Folha de S. Paulo - 22/12/2009

Para Itaú Unibanco, PIB teria caído 3% sem gasto público extra, redução de impostos, crédito estatal e ação do BC

A RECESSÃO no Brasil teria sido muito maior caso o governo não tivesse adotado medidas de estímulo. Isso agora é mais do que óbvio. Quão maior? Nas contas dos economistas do Itaú Unibanco, o PIB de 2009 teria vindo a encolher 3,2%, em vez de apenas estagnar, "crescer zero". Os economistas fizeram a previsão de um futuro que não aconteceu -um exercício "contrafactual". Isto é, dadas certas teorias, premissas e pressupostos sobre o funcionamento recente da economia, procura-se estimar o que poderia ter sido, mas não foi.
Para prever esse futuro virtual, os economistas estimaram que o Banco Central teria começado a reduzir juros apenas no segundo trimestre deste ano, de "modo gradual", dizem. Hipergradual, deve-se dizer, pois o BC começou a reduzir juros apenas em janeiro deste ano. Quando a economia mundial já afundava, o BC vinha numa campanha que levaria os juros a 13,75% dias antes da grande semana de quebradeira de bancos nos EUA, em meados de setembro de 2008. Segundo o Itaú Unibanco, os cortes de juros contribuíram para evitar queda adicional de 0,8 ponto percentual do PIB.
O exercício levou em conta apenas o IPI sobre veículos -considerou-se que não teria havido redução da alíquota vigente em setembro de 2008. Supôs-se que os gastos do governo, as transferências sociais (INSS, Bolsa Família etc.) e os empréstimos do BNDES cresceriam apenas no ritmo médio dos trimestres antecedentes.
No modelo, a fatia de mercado de Banco do Brasil e CEF foi a verificada antes de setembro de 2008. Note-se que, até meados do ano, os bancos estatais eram responsáveis por 80% do aumento do estoque de crédito.
As medidas fiscais e o aumento do crédito oriundo de instituições públicas contribuíram para evitar uma baixa adicional de 2,1 pontos percentuais do PIB.
Exercícios contrafactuais padecem dos problemas sabidos de qualquer estimativa. Mas a vida é assim mesmo, e é melhor fazer previsões do que caminhar no escuro. Mais relevante para a discussão é que a ocorrência simultânea de certos fatos é muito improvável (os economistas sabem disso, óbvio). Mesmo com o nosso BC conservador, os juros não ficariam na lua se o desemprego explodisse, a produção despencasse e os gastos do governo não crescessem. É provável que os juros caíssem mais rápido e para um nível mais baixo do que o atual. Para um nível quão mais baixo? Teriam um efeito tão imediato como o aumento de gastos e crédito estatal?
Não se trata apenas de questões de futurologia do pretérito. As políticas monetária (juros, BC) e fiscal (gastos, Fazenda) são descoordenadas. O governo gasta demais, por costume. Na crise, gastou ainda mais também porque desconfiava do conservadorismo do BC. O BC desconfia do governo perdulário, e assim torna-se mais conservador. O problema vai além disso, claro, mas a crise serviu para ilustrar outra vez como nossa política econômica é bifronte.
Enfim, o resumo da ópera da equipe do Itaú Unibanco é "valeu a força", mas chegou o momento de tirar o excesso de estímulo, dado o risco de inflação (em 2011). Parece óbvio. Mas, a fazê-lo, o mais racional é pisar mais fundo no freio dos gastos do que no breque dos juros.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Resposta de Reinaldo Azevedo a meu Post

Ele respondeu à parte relacionada ao ìndice de Gini:

Claudio Santos disse:

Indice de Gini: 2001 a 2007 –> http://imgur.com/Kwj3z.jpg
Indice de Gini: 1994 a 2001 –> http://imgur.com/b8IjC.jpg

REINADO AZEVEDO
Distribuição de renda e desigualdade são coisas… desiguais!!! Na tribo yanomami, a igualdade é, bem, total… Mas acho que você prefere a desigualdade. Ou não?

Clique Aqui




Desconstruindo a lavagem cerebral de Reinaldo Azevedo, conhecido como "Tio Rei"

Ele afirma que é uma mentira a afirmação de que a distribuição de renda iniciou-se no governo lula.


Fui analisar alguns dados no site do IPEA - Instituto de pesquisas economicas aplicadas........

O Índice de Gini

Comentário: Mede o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita. Seu valor varia de 0, quando não há desigualdade (a renda de todos os indivíduos tem o mesmo valor), a 1, quando a desigualdade é máxima (apenas um indivíduo detém toda a renda da sociedade e a renda de todos os outros indivíduos é nula).

Período FHC:



Período Lula:

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Reinaldo Azevedo afirma em seu Blog que houve queda de desigualdade no governo FHC, os dados desmentem-no

Vamos a mais alguns dados...


Pobreza - domicilios pobres

Comentário: Proporção dos domicilios com renda domiciliar per capita inferior a linha de pobreza.


Período FHC:
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Período Lula:
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Vou tentar aprofundar estas questões ao longo do tempo....

sábado, 5 de dezembro de 2009

Entenda como funciona o pensamento brasileiro amestrado e a midia

IDELBER AVELAR E OS "ESPECIALISTAS"

Atualizado e Publicado em 05 de dezembro de 2009 às 15:36

Quarta-Feira, 2 de Dezembro de 2009 às 16:26hs]

Acadêmicos amestrados

por Idelber Avelar, na Fórum 

Se um marciano aterrissasse hoje no Brasil e se informasse pela Rede Globo e pelos três jornalões, seria difícil que nosso extra-terrestre escapasse da conclusão de que o maior filósofo brasileiro se chama Roberto Romano; que nosso grande cientista político é Bolívar Lamounier; que Marco Antonio Villa é o cume da historiografia nacional; que nossa maior antropóloga é Yvonne Maggie, e que o maior especialista em relações raciais é Demétrio Magnoli. Trata-se de outro monólogo que a mídia nos impõe com graus inauditos de desfaçatez: a mitologia do especialista convocado para validar as posições da própria mídia. Curiosamente, são sempre os mesmos. 
 
 Se você for acadêmico e quiser espaço na mídia brasileira, o processo é simples. Basta lançar-se numa cruzada contra as cotas raciais, escrever platitudes demonstrando que o racismo no Brasil não existe, construir sofismas que concluam que a política externa do Itamaraty é um desastre, armar gráficos pseudocientíficos provando que o Bolsa Família inibe a geração de empregos. Estará garantido o espaço, ainda que, como acadêmico, o seu histórico na disciplina seja bastante modesto. 
 
 Mesmo pessoas bem informadas pensaram, durante os anos 90, que o elogio ao neoliberalismo, à contenção do gasto público e à sanha privatizadora era uma unanimidade entre os economistas. Na economia, ao contrário das outras disciplinas, a mídia possuía um leque mais amplo de especialistas para avalizar sua ideologia. A força da voz dos especialistas foi considerável e criou um efeito de manada. Eles falavam em nome da racionalidade, da verdade científica, da inexorável matemática. A verdade, evidentemente, é que essa unanimidade jamais existiu. De Maria da Conceição Tavares a Joseph Stiglitz, uma série de economistas com obra reconhecida no mundo apontou o beco sem saída das políticas de liquidação do patrimônio público. Chris Harman, economista britânico de formação marxista, previu o atual colapso do mercado financeiro na época em que os especialistas da mídia repetiam a mesma fórmula neoliberal e pontificavam sobre a "morte de Marx". Foi ridicularizado como dinossauro e até hoje não ouviu qualquer pedido de desculpas dos papagaios da cantilena do FMI. 
 
 Há uma razão pela qual não uso aspas na palavra especialistas ou nos títulos dos acadêmicos amestrados da mídia. Villa é historiador mesmo, Maggie é antropóloga de verdade, o título de filósofo de Roberto Romano foi conquistado com méritos. Não acho válido usar com eles a desqualificação que eles usam com os demais. No entanto, o fato indiscutível é que eles não são, nem de longe, os cumes das suas respectivas disciplinas no Brasil. Sua visibilidade foi conquistada a partir da própria mídia. Não é um reflexo de reconhecimento conquistado antes na universidade, a partir do qual os meios de comunicação os teriam buscado para opinar como autoridades. É um uso desonesto, feito pela mídia, da autoridade do diploma, convocado para validar uma opinião definida a priori. É lamentável que um acadêmico, cujo primeiro compromisso deveria ser com a busca da verdade, se preste a esse jogo. O prêmio é a visibilidade que a mídia pode emprestar – cada vez menor, diga-se de passagem. O preço é altíssimo: a perda da credibilidade. 
 
 O Brasil possui filósofos reconhecidos mundialmente, mas Roberto Romano não é um deles. Visite, em qualquer país, um colóquio sobre a obra de Espinosa, pensador singular do século XVII. É impensável que alguém ali não conheça Marilena Chauí, saudada nos quatro cantos do planeta pelo seu A Nervura do Real, obra de 941 páginas, acompanhada de outras 240 páginas de notas, que revoluciona a compreensão de Espinosa como filósofo da potência e da liberdade. Uma vez, num congresso, apresentei a um filósofo holandês uma seleção das coisas ditas sobre Marilena na mídia brasileira, especialmente na revista Veja. Tive que mostrar arquivos pdf para que o colega não me acusasse de mentiroso. Ele não conseguia entender como uma especialista desse quilate, admirada em todo o mundo, pudesse ser chamada de "vagabunda" pela revista semanal de maior circulação no seu próprio país.
 
 Enquanto isso, Roberto Romano é apresentado como "o filósofo" pelo jornal O Globo, ao qual dá entrevistas em que acusa o blog da Petrobras de "terrorismo de Estado". Terrorismo de Estado! Um blog! Está lá: O Globo, 10 de junho de 2009. Na época, matutei cá com meus botões: o que pensará uma vítima de terrorismo de Estado real – por exemplo, uma família palestina expulsa de seu lar, com o filho espancado por soldados israelenses – se lhe disséssemos que um filósofo qualifica como "terrorismo de Estado" a inauguração de um blog em que uma empresa pública reproduz as entrevistas com ela feitas pela mídia? É a esse triste papel que se prestam os acadêmicos amestrados, em troca de algumas migalhas de visibilidade. 
 
 A lambança mais patética aconteceu recentemente. Em artigo na Folha de São Paulo, Marco Antonio Villa qualificava a política externa do Itamaraty de "trapalhadas" e chamava Celso Amorim de "líder estudantil" e "cavalo de troia de bufões latino-americanos". Poucos dias depois, a respeitadíssima revista Foreign Policy – que não tem nada de esquerdista – apresentava o que era, segundo ela, a chave do sucesso da política externa do governo Lula: Celso Amorim, o "melhor chanceler do mundo", nas palavras da própria revista. Nenhum contraponto a Villa jamais foi publicado pela Folha.
 
 Poucos países possuem um acervo acadêmico tão qualificado sobre relações raciais como o Brasil. Na mídia, os "especialistas" sobre isso – agora sim, com aspas – são Yvonne Maggie, antropóloga que depois de um único livro decidiu fazer uma carreira baseada exclusivamente no combate às cotas, e Demétrio Magnoli, o inacreditável geógrafo que, a partir da inexistência biológica das raças, conclui que o racismo deve ser algum tipo de miragem que só existe na cabeça dos negros e dos petistas. 
 
 Por isso, caro leitor, ao ver algum veículo de mídia apresentar um especialista, não deixe de fazer as perguntas indispensáveis: quem é ele? Qual é o seu cacife na disciplina? Por que está ali? Quais serão os outros pontos de vista existentes na mesma disciplina? Quantas vezes esses pontos de vista foram contemplados pelo mesmo veículo? No caso da mídia brasileira, as respostas a essas perguntas são verdadeiras vergonhas nacionais. 
 
 Essa matéria é parte integrante da edição impressa da Fórum de novembro. Nas bancas.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Google Lança seu serviço de DNS Público

O DNS é serviço que te direciona para as páginas de internet.

Todos os sites são endereços numéricos:
Bastter.com é 200.234.213.148

Você não tem que digitar estes números no teu Internet explorer, Firefox ou Chrome porque o Serviço DNS traduz o endereço numerico para bastter.com

Muitos Problemas de lentidão ou perda de acesso a sites na internet são derivados de problemas com os servidores de nossos provedores de internet responsáveis por este serviço.

O Google fornece uma alternativa, você pode trocar na sua configuração conforme instruções do site que linkei.

Muitas vezes já aconteceu de eu perder acesso a internet em hotéis pelo mundo e na verdade o problema era só no serviço dns do provedor local.

Você sempre pode trocar esta configuração e voltar a original a qualquer momento.


Instruções: Clique Aqui

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Entenda como funciona o mal caratismo da revista veja

Caetano atacou a desonestidade da VejaO Globo fez que não ouviu

O Globo escondeu de seus leitores a melhor parte da entrevista que Caetano Veloso concedeu ao jornalista e blogueiro Jorge Bastos Moreno. O depoimento omitido na edição desta quinta-feira (26) do jornal — mas apresentado em áudio na Rádio do Moreno — é uma enfurecida denúncia de Caetano contra a revista Veja

Por André Cintra

Classificando os articulistas da Veja como "desonestos", o cantor e compositor baiano citou um caso exemplar da desmoralização pela qual passa a publicação da Editora Abril, da família Civita. O episódio ocorreu em setembro de 1995, quando Veja publicou uma matéria desaforada contra o DJ norte-americano Moby. "Ele diz tanta besteira que até parece o brasileiro José Miguel Wisnik — aquele sujeito que acredita que o termo 'Big Bang' é uma apropriação anglo-saxã da origem do universo", escreveu Sérgio Martins na revista.

Wisnik, no entanto, jamais teceu qualquer comentário do gênero sobre a expressão "Big Bang". A tal "apropriação" a que Veja se refere foi feita, na realidade, por Caetano, que escreveu para a revista e corrigiu as informações. Além de a carta nunca ter sido publicada, Veja voltou a atribuir a "apropriação" a Wisnik mais duas vezes. "Nunca mudaram, são desonestos. Eu não falo com eles. Outras coisas houve antes, mas essa é inacreditavelmente canalha", resume Caetano, na entrevista.

O cantor também faz um alerta sobre "toda essa crítica à esquerda, ao governo Lula, tudo aquilo que você vê na Veja". Segundo Caetano, "a classe média instruída brasileira não lê direito a Veja, não acredita tanto. Mas a medianamente instruída se pauta muito por uma possível honestidade jornalística daquele veículo. Esse gente precisa ser avisada de que não há, nem de longe, sombra de honestidade naquilo".

Confira abaixo o trecho omitido da entrevista de Caetano.

Jorge Bastos Moreno – Você tem muita inimizade dentro da música?
Caetano Veloso – Não tenho. Mesmo o Geraldo Vandré — que foi a única briga que eu tive propriamente dessa maneira, naquela altura... Quando eu estava já exilado em Londres, ele foi me visitar. Choramos juntos, estava nevando, conversamos um bocado. Depois que ele voltou pro Brasil, já estive com ele algumas vezes. Mas já faz algum tempo que ele se afastou.

JBM – O Fagner, você não dá muita atenção às criticas dele?
CV – O Fagner, eu reagi numa outra (ocasião)... Mas de vez em quando eu encontro ele. Toda vez que eu encontro com ele, a gente conversa, ri, brinca. Mas curiosamente ele é sempre convidado por órgãos da imprensa... Quando eles querem brigar comigo, chamam o Fagner, entendeu?

Veja, uma vez, botou o Fagner nas "Páginas Amarelas". Porque a Veja tinha sido violentamente desonesta comigo e com o José Miguel Wisnik, fez coisa assim, de uma calhordice explícita, entendeu?

JBM – Qual era o episódio mesmo?
CV – O episódio é tremendo, é comprido de contar. É muita coisa ruim, insistentemente, cinicamente, acintosamente desonesta e ruim, feita abertamente. É o seguinte... Um dia, eu abri a Veja, estava escrito assim: Moby (sabe aquele músico eletrônico americano?) é quase tão chato quanto Wisnik. Mas eu pensei: o que será que tem Moby a ver com Wisnik?

Aí, no texto, assinado por Sérgio Martins — um daqueles idiotas que escrevem na Veja —, dizia assim: "Moby sai pelo mundo pedindo desculpas porque, como americano, ele tem como presidente George W. Bush". O Moby fazia isso no show dele. Aliás, eu acho que fez muito bem em fazer. Se eu fosse americano, eu faria a mesma coisa, porque Bush era horrível mesmo. Então ele (Moby) era americano, tinha direito de fazer.

Então o sujeito diz assim: "Ele disse isso inclusive na Venezuela". O Hugo Chávez ainda não havia tomado nenhuma decisão muito nitidamente antidemocrática — como de uma certa forma foi tomando, pouco a pouco, ou tenta tomar. De todo modo, era um presidente eleito, tinha passado por um plebiscito, em que ele tinha ganho. Enfim, não dava para dizer que o Moby não podia dizer que era contra Bush na Venezuela porque Hugo Chávez era pior.

Mas, por mim, problema do direitismo grosseiro da Veja, que o articulista de música popular quer agradar. É da linha editorial, mas o cara tem que agradar os superiores. Era isso, uma coisa assim. Mas tudo bem. Por mim, eu não tenho nada com isso. Não sou nem de esquerda para ter raiva disso, só por isso. Acho errado, mas tudo bem. Pobre, malfeito, desonesto, mas problema deles.

Mas fiquei me perguntando: o que que o Zé Miguel Wisnik tem a ver com isso? Aí eles seguiam o negócio e diziam assim: "Pior do que isso só o José Miguel Wisnik, que disse que o 'Big Bang' era uma expressão da língua inglesa — e que, por isso, mostra a dominação da língua inglesa, não sei o quê...".

Bom, esse pensamento sobre o "Big Bang" era meu, assinado, entende? Está no encarte do disco A Foreign Sound — você pode ir lá na loja e ler. Eu escrevi em inglês, aliás — depois eu mesmo traduzi para o português. Mas o texto original foi feito em inglês e nasceu do seguinte: eu li uma declaração do cientista (Fred Hoyle), em inglês, que criou o termo "Big Bang" para a teoria.

Outros cientistas tinham bolado vários nomes técnicos, complicados, e ele falou: "Não, tem que se chamar 'Big Bang', porque vai tomar conta da mente de todo mundo. É uma expressão bem inglesa, curta, sintética, vai se popularizar". E ele se orgulhava disso — eu li a entrevista dele, entendeu? 

Aos 80 anos, esse cientista inglês, já não concordava com a teoria do "Big Bang". Ele morreu contra, dizendo que a teoria estava errada. Cientificamente, ele não aprovava mais a teoria do "Big Bang" — mas se orgulhava, dizia ele, de ter cunhado o termo que fez tanto sucesso.

Então eu, comentando isso — porque eu fiz um disco com canções inglesas —, disse assim: "A língua inglesa está em toda parte. Não apenas nos filmes de ficção científica. Nas galáxias mais distantes, os seres mais esquisitos falam inglês, como até o nascimento do universo ficou ligado a uma expressão de língua inglesa, da qual o cientista se orgulha tanto". Na verdade, ele não resistiu, porque "Big Bang" é muito parecido com "big mac". É tão cultura pop americana que pegou — e ele se orgulha. Isso é para a gente ver a onipresença da língua inglesa, entendeu?

Bom, eu e o Zé Miguel fomos convidados pelo grupo Corpo para fazer a música. E fizemos um negócio chamado Onqotô — que é "onde que eu estou?", em "mineirês", e que era como se fosse uma pergunta a respeito de nossa situação diante do universo. Toda a temática do negócio era esse. Então eu e ele, dando entrevista, mencionamos essa coisa que eu já tinha escrito a respeito do "Big Bang", entendeu?

Aí o cara da Veja botou como se fosse uma ideia do Zé Miguel "ridícula" e "pior do que o Moby ter dito que o Bush era uma vergonha". Eu achei uma coisa um pouco forçada. De onde saiu isso? Aí perguntei ao Zé Miguel: "Por que isso?". E o Zé Miguel: "Não sei, porque outro dia já saiu um negócio na Veja...".

Aí foram me mostrar um negócio contra o Zé Miguel, contra o livro do Zé Miguel, um livro que o Zé Miguel tinha escrito. Um livro, aliás, muito bom, que tinha um negócio sobre Machado de Assis que era lindo e que eles esculhambaram naVeja — principalmente aqueles "intelectuais" que escrevem na Veja. Jerônimo Teixeira, não sei, odeia Zé Miguel — acha que tem que combater qualquer pessoal da USP ligado à esquerda. Eu não sei que porcaria é.

Aí eu peguei, como eu vi tudo isso, e escrevi uma carta pequena para a Veja, dizendo: "O texto sobre o 'Big Bang' é meu, está na contracapa do disco. O Hugo Chávez não é um ditador, o Zé Miguel...". Uma coisa curta assim, mas bem... 

JBM – Bem incisiva?
CV – 
Bem incisiva. E mandei. A Veja não publicou a minha carta.

JBM – Que coisa...
CV – Não publicou a minha carta... E eles repetiram, porque eles botaram naquele "Veja essa" (seção de frases da Veja), botaram a frase e botaram embaixo "José Miguel Wisnik, a frase mais ridícula desde a explosão do Big Bang", um negócio assim.

JBM – Que coisa...
CV – Eles repetiram isso três vezes, mesmo eu mandando a carta. Eu botei noBlog do Noblat — eu mandei a carta que eu tinha escrito e um comentário contando tudo isso e dizendo como era absurdo. Eles mantiveram, repetiram três vezes. Quando foi o número anual do Ano-Novo, aquele número dourado, aquele negócio cafona que eles fazem, aí repetiram outra vez — "José Miguel Wisnik...".

Nunca mudaram, são desonestos. Eu não falo com eles. Outras coisas houve antes, mas essa é inacreditavelmente canalha. Eu faço questão... Aí eu fico exaltado, entendeu? Num caso desse, eu fico exaltado.

JBM – Claro, com toda razão.
CV – E tenho desejo de ficar exaltado, porque é abominável, entendeu? É preciso que se saiba que é abominável, que há muita desonestidade ali. Por exemplo: toda essa crítica à esquerda, ao governo Lula, tudo aquilo que você vê na Veja, para mim desmorona.

A classe média instruída brasileira não lê direito a Veja, não acredita tanto. Mas a medianamente instruída se pauta muito por uma possível honestidade jornalística daquele veículo. Esse gente precisa ser avisada de que não há, nem de longe, sombra de honestidade naquilo. Porque eu sei! Eu vivi isso que eu estou contando e sei o grau de desonestidade que passa por ali e que domina ali.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

domingo, 1 de novembro de 2009

FHC pregando Golpe de Estado!

1 de novembro de 2009. Dia triste para a Democracia Brasileira... 

Para onde vamos?

Fernando Henrique Cardoso

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A enxurrada de decisões governamentais esdrúxulas, frases presidenciais aparentemente sem sentido e muita propaganda talvez levem as pessoas de bom senso a se perguntarem: afinal, para onde vamos? Coloco o advérbio "talvez" porque alguns estão de tal modo inebriados com "o maior espetáculo da Terra", de riqueza fácil que beneficia poucos, que tenho dúvidas. Parece mais confortável fazer de conta que tudo vai bem e esquecer as transgressões cotidianas, o discricionarismo das decisões, o atropelo, se não da lei, dos bons costumes. Tornou-se habitual dizer que o governo Lula deu continuidade ao que de bom foi feito pelo governo anterior e ainda por cima melhorou muita coisa. Então, por que e para que questionar os pequenos desvios de conduta ou pequenos arranhões na lei?

Só que cada pequena transgressão, cada desvio vai se acumulando até desfigurar o original. Como dizia o famoso príncipe tresloucado, nesta loucura há método. Método que provavelmente não advém do nosso príncipe, apenas vítima, quem sabe, de apoteose verbal. Mas tudo o que o cerca possui um DNA que, mesmo sem conspiração alguma, pode levar o País, devagarzinho, quase sem que se perceba, a moldar-se a um estilo de política e a uma forma de relacionamento entre Estado, economia e sociedade que pouco têm que ver com nossos ideais democráticos.

É possível escolher ao acaso os exemplos de "pequenos assassinatos". Por que fazer o Congresso engolir, sem tempo para respirar, uma mudança na legislação do petróleo mal explicada, mal-ajambrada? Mudança que nem sequer pode ser apresentada como uma bandeira "nacionalista", pois, se o sistema atual, de concessões, fosse "entreguista", deveria ter sido banido, e não foi. Apenas se juntou a ele o sistema de partilha, sujeito a três ou quatro instâncias político-burocráticas para dificultar a vida dos empresários e cevar os facilitadores de negócios na máquina pública. Por que anunciar quem venceu a concorrência para a compra de aviões militares, se o processo de seleção não terminou? Por que tanto ruído e tanta ingerência governamental numa companhia (a Vale) que, se não é totalmente privada, possui capital misto regido pelo estatuto das empresas privadas? Por que antecipar a campanha eleitoral e, sem nenhum pudor, passear pelo Brasil à custa do Tesouro (tirando dinheiro do seu, do meu, do nosso bolso...) exibindo uma candidata claudicante? Por que, na política externa, esquecer-se de que no Irã há forças democráticas, muçulmanas inclusive, que lutam contra Ahmadinejad e fazer mesuras a quem não se preocupa com a paz ou os direitos humanos?

Pouco a pouco, por trás do que podem parecer gestos isolados e nem tão graves assim, o DNA do "autoritarismo popular" vai minando o espírito da democracia constitucional. Esta supõe regras, informação, participação, representação e deliberação consciente. Na contramão disso tudo, vamos regressando a formas políticas do tempo do autoritarismo militar, quando os "projetos de impacto" (alguns dos quais viraram "esqueletos", quer dizer, obras que deixaram penduradas no Tesouro dívidas impagáveis) animavam as empreiteiras e inflavam os corações dos ilusos: "Brasil, ame-o ou deixe-o." Em pauta temos a Transnordestina, o trem-bala, a Norte-Sul, a transposição do São Francisco e as centenas de pequenas obras do PAC, que, boas algumas, outras nem tanto, jorram aos borbotões no Orçamento e mínguam pela falta de competência operacional ou por desvios barrados pelo Tribunal de Contas da União. Não importa, no alarido da publicidade, é como se o povo já fruísse os benefícios: "Minha Casa, Minha Vida"; biodiesel de mamona, redenção da agricultura familiar; etanol para o mundo e, na voragem de novos slogans, pré-sal para todos.

Diferentemente do que ocorria com o autoritarismo militar, o atual não põe ninguém na cadeia. Mas da própria boca presidencial saem impropérios para matar moralmente empresários, políticos, jornalistas ou quem quer que seja que ouse discordar do estilo "Brasil potência". Até mesmo a apologia da bomba atômica como instrumento para que cheguemos ao Conselho de Segurança da ONU - contra a letra expressa da Constituição - vez por outra é defendida por altos funcionários, sem que se pergunte à cidadania qual o melhor rumo para o Brasil. Até porque o presidente já declarou que em matéria de objetivos estratégicos (como a compra dos caças) ele resolve sozinho. Pena que se tenha esquecido de acrescentar: "L"État c"est moi." Mas não se esqueceu de dar as razões que o levaram a tal decisão estratégica: viu que havia piratas na Somália e, portanto, precisamos de aviões de caça para defender o "nosso pré-sal". Está bem, tudo muito lógico.

Pode ser grave, mas, dirão os realistas, o tempo passa e o que fica são os resultados. Entre estes, contudo, há alguns preocupantes. Se há lógica nos despautérios, ela é uma só: a do poder sem limites. Poder presidencial com aplausos do povo, como em toda boa situação autoritária, e poder burocrático-corporativo, sem graça alguma para o povo. Este último tem método. Estado e sindicatos, Estado e movimentos sociais estão cada vez mais fundidos nos altos-fornos do Tesouro. Os partidos estão desmoralizados. Foi no "dedaço" que Lula escolheu a candidata do PT à sucessão, como faziam os presidentes mexicanos nos tempos do predomínio do PRI. Devastados os partidos, se Dilma ganhar as eleições sobrará um subperonismo (o lulismo) contagiando os dóceis fragmentos partidários, uma burocracia sindical aninhada no Estado e, como base do bloco de poder, a força dos fundos de pensão. Estes são "estrelas novas". Surgiram no firmamento, mudaram de trajetória e nossos vorazes, mas ingênuos capitalistas recebem deles o abraço da morte. Com uma ajudinha do BNDES, então, tudo fica perfeito: temos a aliança entre o Estado, os sindicatos, os fundos de pensão e os felizardos de grandes empresas que a eles se associam.

Ora, dirão (já que falei de estrelas), os fundos de pensão constituem a mola da economia moderna. É certo. Só que os nossos pertencem a funcionários de empresas públicas. Ora, nessas, o PT, que já dominava a representação dos empregados, domina agora a dos empregadores (governo). Com isso os fundos se tornaram instrumentos de poder político, não propriamente de um partido, mas do segmento sindical-corporativo que o domina. No Brasil os fundos de pensão não são apenas acionistas - com a liberdade de vender e comprar em bolsas -, mas gestores: participam dos blocos de controle ou dos conselhos de empresas privadas ou "privatizadas". Partidos fracos, sindicatos fortes, fundos de pensão convergindo com os interesses de um partido no governo e para eles atraindo sócios privados privilegiados, eis o bloco sobre o qual o subperonismo lulista se sustentará no futuro, se ganhar as eleições. Comecei com para onde vamos? Termino dizendo que é mais do que tempo de dar um basta ao continuísmo, antes que seja tarde. 

Fernando Henrique Cardoso, sociólogo, foi presidente da República

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Como pensa o cidadão tipico de classe média, que na verdade não quer que mude nada.

Como pensa o cidadão típico de classe média, que na verdade não deseja mudanças.

A educação avança a passos de tartaruga, justamente porque não querem que o cidadãos fora do status-quo ocupem os melhores postos de trabalho e reinvidiquem seus direitos.

Se de uma hora para outra todos passarem a ter uma educação de nível de escola particular de classe média alta, haveria uma procura intensa pelos melhores postos de trabalho, jogando para baixo o salário médio geral.

Aqui você tem 3 paradigmas:

  1. Uns defendem que a educação de qualidade seja feita gradualmente, conforme o país cresça e sejam criados novos postos de trabalho.
  2. Manter tudo como está porque "interessa", não deseja mudanças.
  3. Achar que vai acontecer por decreto, de uma hora para outra.

A visão de quem não deseja mudanças faz todo sentido, ainda que maniqueísta, nem vou discordar, todos tem o direito de pensar como quiserem. Liberdade individual sempre!

Mas vale salientar que , para este mesmo tipo de cidadão, qualquer luta por direito no Brasil, por determinado extrato social, é classificada assim: Bando de vagabundos, lixo, escória.

Por alguma "grande coincidência, este também costuma ser o tipo de pensamento de nazistas, racistas e afins"

A grande verdade é que um choque de qualidade na educação é coisa para 20 , 30 anos, estamos em 2009, pergunte-se, eles querem mudar?
De 1500 a 2009 dá mais de 500 anos.

Se é assim,é porque interessa.

ou como diriam os americanos:

"There is no Free lunch"

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

IPOs e a Matemática

A ilusão dos IPOS, a Matemática e a Conta Errada...

por maçaranduba
7/10/2009 17:56:16
OPINIÃO

Capital inicial de 10.000 para investir em IPOs, presumindo 1 lançamento por semana, com retorno médio de 10% de acordo com a:

Media aritmetica: [(80%) + (-60%)]/2 = 0,10

10.000 com retorno semanal médio de 10%, após 1 ano = 1,4 milhões?

Capital inicial de 10.000 para investir em IPOs, presumindo 1 lançamento por semana, com retorno médio de -15% de acordo com a:

Média Geométrica: [(1 + 80%) x (1 + (-60%))]^2 -1 = -0,15

10.000 com retorno semanal medio de -15%, após 1 ano = 1,95 reais

Tem furo nestas contas?

reação do sardinha ao IPO do Santander

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Dicas de criação de senha segura para Gmail ou Hotmail

Choosing a smart password

Tuesday, October 06, 2009 6:58 PM



As part of National Cyber Security Awareness Month, we'd like to take this opportunity to remind you about smart password practices. Help ensure you're protecting your computer, website, and personal information by checking out our security series on the Google blog or visiting http://www.staysafeonline.org

Phishing, a topic that's been in the news, is unfortunately a common way for hackers to trick you into sharing personal information like your account password. If you suspect you've been a victim of a phishing attack, we recommend you immediately change your password, update the security question and secondary address on your account, and make sure you're using a modern browser with anti-phishing protection turned on. Keep an eye out for thephishing warning Gmail adds to suspicious messages, and be sure to review these tips onhow to avoid getting hooked.

Creating a new password is often one of the first recommendations you hear when trouble occurs. Even a great password can't keep you from being scammed, but setting one that's memorable for you and that's hard for others to guess is a smart security practice since weak passwords can be easily guessed. Below are a few common problems we've seen in the past and suggestions for making your passwords stronger.

Problem 1: Re-using passwords across websites
With a constantly growing list of services that require a password (email, online banking, social networking, and shopping websites — just to name a few), it's no wonder that many people simply use the same password across a variety of accounts. This is risky: if someone figures out your password for one service, that person could potentially gain access to your private email, address information, and even your money.

Solution 1: Use unique passwords
It's a good idea to use unique passwords for your accounts, expecially important accounts like email and online banking. When you create a password for a site, you might think of a phrase you associate with the site and use an abbreviation or variation of that phrase as your password — just don't use the actual words of the site. If it's a long phrase, you can take the first letter of each word. To make this word or phrase more secure, try making some letters uppercase, and swap out some letters with numbers or symbols. As an example, the phrase for your banking website could be "How much money do I have?" and the password could be "#m$d1H4ve?" (Note: since we're using them here, please don't adopt any of the example passwords in this post for yourself.)

Problem 2: Using common passwords or words found in the dictionary
Common passwords include simple words or phrases like "password" or "letmein," keyboard patterns such as "qwerty" or "qazwsx," or sequential patterns such as "abcd1234." Using a simple password or any word you can find in the dictionary makes it easier for a would-be hijacker to gain access to your personal information.

Solution 2: Use a password with a mix of letters, numbers, and symbols
There are only 26^8 possible permutations for an 8-character password that uses just lowercase letters, while there are 94^8 possible permutations for an 8-character password that uses a combination of mixed-case letters, numbers, and symbols. That's over 6 quadrillion more possible variations for a mixed password, which makes it that much harder for anyone to guess or crack.

Problem 3: Using passwords based on personal data
We all share information about ourselves with our friends and coworkers. The names of your spouse, children, or pets aren't usually all that secret, so it doesn't make sense to use them as your passwords. You should also stay away from birth dates, phone numbers, or addresses.

Solution 3: Create a password that's hard for others to guess
Choose a combination of letters, numbers, or symbols to create a unique password that's unrelated to your personal information. Or, select a random word or phrase, and insert letters and numbers into the beginning, middle, and end to make it extra difficult to guess (such as "sPo0kyh@ll0w3En").

Problem 4: Writing down your password and storing it in an unsecured place
Some of us have enough online accounts that we may need to write our passwords down somewhere, at least until we've learned them well.

Solution 4: Keep your password reminders in a secret place that isn't easily visible
Don't leave notes with your passwords to various sites on your computer or desk. People who walk by can easily steal this information and use it to compromise your account. Also, if you decide to save your passwords in a file on your computer, create a unique name for the file so people don't know what's inside. Avoid naming the file "my passwords" or something else obvious.

Problem 5: Recalling your password
When choosing smart passwords like these, it can often be more difficult to remember your password when you try to sign in to a site you haven't visited in a while. To get around this problem, many websites will offer you the option to either send a password-reset link to your email address or answer a security question.

Solution 5: Make sure your password recovery options are up-to-date and secure
You should always make sure you have an up-to-date email address on file for each account you have, so that if you need to send a password reset email it goes to the right place.

Many websites will ask you to choose a question to verify your identity if you ever forget your password. If you're able to create your own question, try to come up with a question that has an answer only you would know. The answer shouldn't be something that someone can guess by scanning information you've posted online in social networking profiles, blogs, and other places.

If you're asked to choose a question from a list of options, such as the city where you were born, you should be aware that these questions are likely to be less secure. Try to find a way to make your answer unique — you can do this by using some of the tips above, or by creating a convention where you always add a symbol after the 2nd character in the answer (e.g. in@dianapolis) — so that even if someone guesses the answer, they won't know how to enter it properly.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Os 10 mandamentos do Poker

1. Amarás os Ases acima de todas as coisas. 
2. Não tomarás a palavra "River" em vão. 
3. Santificarás a fortuna. 
4. Honrarás a paciência e a disciplina. 
5. Não desistirás. 
6. Não cometerás blefes desnecessários. 
7. Roubarás as blinds. 
8. Levantarás falso testemunho e mentiras. 
9. Quando em Posição consentirás pensamentos impuros. 
10. Cobiçarás as fichas alheias.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

As belas, as feras, e as antas

rsr

 
 

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via (title unknown) by ohermenauta on 9/22/09


A leitora Ju Sampaio fez um comentário linkando este post de um interessante blog.  A questão do post é o uso inescrupuloso da beleza feminina, uma coisa à qual já estamos acostumados no negócio de cervejas mas que ainda parece ser uma novidade na seara política:

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Ou não:

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Quer dizer, pelo menos no que se refere à musa do axé (se bem que Regina Duarte, Ana Maria Braga e até a Hebe _ esta com alguma boa vontade, é certo _ já foram bonitinhas).

O post lembra, com razão, que causas de esquerda também já usaram este tipo de apelo.  Uma coisa que qualquer um que tenha sido universitário nos anos 80 está cansado de saber [cortesia: gatinhas da Libelú].

Bem, mulheres bonitas podem ser conservadoras?  Imagino que sim, até porque já conheci várias.  O problema da direita com esse negócio é entender o conceito, creiam-me, de forma completamente errada.  Agora, a pergunta interessante é saber se os campos ideológicos à direita ou à esquerda atraem mais as mulheres ou os homens.  Este trabalho da economista sueca Helena Svaleryd coloca bem a hipótese de que as preferências políticas de homens e mulheres sejam mesmo diferenciadas:

"A basic prerequisite for representation of women to matter for policy is that men and women have different preferences regarding policy. There is ample evidence suggesting that this is the case. Surveys of men and women's preferences using pools show that women are more concerned about social policy issues (see e.g. Funk and Garthmann, 2006, and, for evidence on Swedish data, Oskarson and Wängnerud, 1995). Among elected representatives there are also documented differences. In a study of Swedish MPs, Esaiasson and Holmberg (1993) find that female MPs were significantly more positive towards daycare centers and an ecological society than men. This paper also finds that there are important differences in the stated preferences of men and women."

Aceitando que uma preferência gastos "sociais" são uma proxy razoável para o posicionamento à esquerda no espectro político, parece razoável dizer que as mulheres teriam uma tendência maior para o voto à esquerda que os homens.  Agora, como isso se traduz no segmento específico das "mulheres bonitas", já é mais complicado afirmar alguma coisa.  A evidência episódica mostra que Scarlett Johansson apoiou o Obama, enquanto Ann Coulter, bem,  é a da direita

O que me chama a atenção, porém, é o ponto de partida do próprio poster do pessoal de Stanford: a idéia de que as mulheres conservadoras são "uma minoria marginalizada"  dentro do próprio movimento conservador.  Pois é, posso imaginar o motivo.

Posted in alta cultura, politiquinhas, quantum effects, saúde e beleza

 
 

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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Alta Tensão: Sessões de cinema na zona sul

Cinema de graça

 
 

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via Catraca Livre by da Redação on 9/14/09


A Biblioteca Pública Viriato Corrêa traz Alta Tensão, uma seleção de filmes que será exibida entre os dias 4 e 27 de setembro. A entrada é Catraca Livre.

Programação:

Preso na escuridão (Dias 4 e 6, às 15h30)

Homem tem sua vida destruída por ex-amante, que não aceita vê-lo com outra. Ao provocar um acidente, ela morre e o deixa com o rosto desfigurado.
(Espanha, 1997, 119 min). Dir.: Alejandro Amenábar. Com Eduardo Noriega, Penélope Cruz, Chete Lara e outros. Classificação: 14 anos.

Tesis – Morte ao vivo (Dia 4, às 18h)

Durante uma pesquisa sobre violência, universitária descobre um vídeo no qual uma colega de faculdade é torturada.
(Espanha, 1996, 125 min). Dir.: Alejandro Amenábar. Com Ana Torrent, Fele Martinez, Eduardo Noriega e outros. Classificação: 16 anos.

O homem que não estava lá (Dia 5, às 18h)

Após descobrir que sua esposa o trai, barbeiro arma um plano para dar-lhe uma lição. As coisas saem do controle e trazem terríveis consequências.
(Estados Unidos, 2001, 116 min). Dir.: Joel e Ethan Coen. Com Billy Bob Thornton, Frances McDormand, James Gandolfini e outros. Classificação: 14 anos.

Piquenique na montanha misteriosa (Dia 6, às 18h)

Durante piquenique em uma montanha, grupo de alunas passa por momentos de terror. Baseado em fatos verídicos.
(Austrália, 1975, 107 min). Dir.: Peter Weir. Com Rachel Roberts, Dominic Guard, Vivean Gray e outros. Classificação: 16 anos.

Seven – Os sete pecados capitais (Dia 11, às 15h30)

Dois detetives são encarregados de prender um assassino em série que usa como critério para matar suas vítimas os sete pecados capitais.
(Estados Unidos, 1995, 127 min). Dir.: David Fincher. Com Brad Pitt, Morgan Freeman, Gwyneth Paltrow e outros. Classificação: 14 anos.

A conversação (Dia 11, às 18h)

Detetive entra em crise ao descobrir a finalidade de uma espionagem para a qual foi contratado.
(Estados Unidos, 1974, 113 min). Dir.: Francis Ford Coppola. Com Gene Hackman, Harrison Ford e outros. Classificação: 14 anos.

O elemento do crime (Dia 12, às 18h)

Ao investigar o caso de um assassino em série, todas as evidências apontam para um único suspeito.
(Dinamarca, 1984, 99 min). Dir.: Lars Von Trier. Com Michael Elphick, Esmond Knight, Me Me Lai e outros. Classificação: 14 anos.

Junk mail (Dia 13, às 16h)

História de um carteiro curioso, sem escrúpulos, que sempre está no lugar errado, na hora errada. Um dia, porém, quando uma jovem esquece sua chave na caixa de correspondências, a rotina do mensageiro sofre uma transformação.
(Noruega, 1996, 83 min). Dir.: Pal Sletaune. Com Robert Skjaerstad, Andrine Saether, Per Egil Aske e outros. Classificação: 14 anos.

O seguidor (Dia 13, às 18h)

Homem tem obsessão em seguir pessoas pelas ruas e, ao ser flagrado por um arrombador de apartamentos, desenvolve uma estranha amizade. Vencedor do Prêmio Tiger – Festival de Roterdã 1999.
(Inglaterra, 1998, 70 min). Dir.: Christopher Nolan. Com Jeremy Theobald, Alex Haw, Lucy Russell e outros. Classificação: 14 anos.

Bufo & Spallanzani (Dia 18, às 16h)

Enquanto investiga o assassinato de uma mulher, detetive se envolve com fraude em empresa de seguros.
(Brasil, 2001, 96 min). Dir.: Flavio Tambellini. Com José Mayer, Maitê Proença, Gracindo Junior e outros. Classificação: 16 anos.

Mad Detective (Dia 18, às 18h)

Jovem detetive pede ajuda a um colega que foi despedido para desvendar o assassinato de um policial.
(China, 2007, 89 min). Dir.: Johnnie To e Wai Ka-Fai. Com Ching Wan Lau, Andy On, Ka Tung Lam e outros. Classificação: 14 anos.

Madrugada dos mortos (Dia 25, às 16h e Dia 27, às 18h)

Bando de zumbis faz com que um grupo fique isolado em um abrigo para conseguir sobreviver.
(Estados Unidos, 2004, 100 min). Dir.: Zack Snyder. Com Sarah Polley, Ving Rhames e outros. Classificação: 16 anos.

Vôo united 93 (Dia 25, às 18h)

Filme conta a história do avião seqüestrado por um terrorista no dia 11 de setembro, mas que não atingiu seu alvo, o Pentágono, em Washington. Vencedor do Oscar de Melhor Direção.
(Estados Unidos, 2006, 111 min). Dir.: Paul Greengrass. Com Christian Clemenson, Trish Gates, Polly Adams e outros. Classificação: 14 anos.

O hospedeiro (Dia 26, 18h)

Cientista ordena que despejem uma substância tóxica em um rio. Anos mais tarde, surge das águas um monstro gigantesco que rapta pessoas da cidade. Uma família enfrenta a criatura após o desaparecimento de uma menina órfã.
(Coréia, 2007, 119 min). Dir.: Joon-ho Bong. Com Kang-ho Song, Hie-bong Byeon, Hae-il Park e outros. Classificação: 14 anos.

Alien, o oitavo passageiro (Dia 27, 15h30)

Alienígena ataca a tripulação de uma nave espacial.
(Estados Unidos, 1979, 117 min). Dir.: Ridley Scott. Com Sigourney Weaver, Tom Skerritt, Ian Holm e outros. Classificação: 14 anos.


 
 

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Dia Mundial Sem Carro

 
 

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via Catraca Livre by Alexandre De Maio on 9/14/09


O Dia Mundial Sem Carro foi implantado pela primeira vez na França, em 22 de setembro de 1997. Em 2000, a União Européia instituiu a Jornada Internacional "Na Cidade, sem meu Carro", reunindo 760 cidades. Em 2001, 1683 cidades participaram. Encorajados pelo êxito da iniciativa do Dia Europeu sem Carros, a comissão organizadora lançou, em 2002, a Semana Européia da Mobilidade.

Em 2001, 11 cidades brasileiras aderiram ao Dia Mundial Sem Carro: Porto Alegre, Caxias do Sul e Pelotas (RS); Piracicaba (SP); Vitória (ES); Belém (PA); Cuiabá (MT), Goiânia (GO);Belo Horizonte (MG); Joinville (SC); São Luís (MA). Em São Paulo, a iniciativa é realizada desde 2005, sob a coordenação da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente.

Em 2007, protagonizada pelo Movimento, a campanha para o Dia Mundial Sem Carro engajou entidades de todas as regiões da cidade e despertou a atenção da população e do poder público para assuntos decisivos para a vida em São Paulo, como cidadania no trânsito, congestionamentos, respeito ao pedestre, segurança e poluição.

Em 2008, o Nossa São Paulo também organizou atividades importantes para marcar a data. Entre elas, o debate com candidatos à Prefeitura de São Paulo que abordaram as propostas para transporte, mobilidade e poluição do ar, e um ato público pela comercialização no Brasil do diesel com menos enxofre.

Esse ano estão marcadas várias atividades, como no Espaço Matilha  no centro da cidade. Lá será realizada a ação Vaga Viva , onde as pessoas ocupam os espaços dos carros para divulgar ações. Mas o Dia mundial Sem Carro tem uma série de ações que você encontra aqui toda a programação.

Conheça também o site oficial do Dia Mundial Sem Carro.


 
 

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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Tipos de Irracionalidades por Subtil

Tipos de irracionalidades

por Subtil
16/7/2009 15:01:25
OPINIÃO

1. Analogia fantasticamente ruim

Exemplo: você consegue treinar um cachorro para pegar um galho. Portanto, consegue ensinar uma batata a
dançar.


2. Causa e efeito defeituosa

Exemplo: baseado em minhas observações, usar calças largas deixa as pessoas gordas.


3. Eu sou o mundo

Exemplo: Eu não escuto música caipira. Portanto, música caipira não é popular.


4. Ignorando tudo que a ciência sabe sobre o cérebro

Exemplo: Pessoas escolhem ser gordas/homossexuais/alcoólatras porque eles preferem esse estilo de vida.


5. A parte é o mesmo que o todo

Exemplo: Alguns elbonianos são ativistas de direitos animais. Alguns elbonianos usam casacos de pele.
Portanto, elbonianos são hipócritas.


6. Generalização a partir de si

Exemplo: Eu sou mentiroso. Portanto não acredito no que você diz.


7. Argumento através de definição bizarra

Exemplo: Ele não é criminoso. Ele só faz coisas fora da lei.


8. Completa desconexão lógica

Exemplo: Eu gosto de massa porque minha casa é feita de tijolos.


9. Julgamento sem comparação de alternativas

Exemplo: Eu não invisto em fundos do tesouro norte-americano. São muito arriscados.


10. Tudo que você não entende é fácil de se fazer

Exemplo: Com as ferramentas certas, não deve ser difícil gerar fissão nuclear em casa.


11. Ignorância das estatísticas

Exemplo: Estou colocando TODO o meu dinheiro na loteria esta semana porque o prêmio é enorme.


12. Ignorância dos riscos

Exemplo: Eu sei que fazer bungee jumping pode me matar, mas são três segundos de muita diversão!


13. Substituindo senso comum por frases famosas

Exemplo: Lembre-se, quem espera sempre alcança. Então nem se preocupe em procurar um emprego.


14. Comparações irrelevantes

Exemplo: Cem dólares é um bom preço por uma torradeira, comparado a uma Ferrari.


15. Raciocínio circular

Exemplo: Estou certo porque sou mais inteligente que você. E já que estou certo, devo ser mais inteligente que
você.


16. Incomplitude como prova de defeito

Exemplo: Sua teoria gravitacional não aborda a questão de por que não há unicórnios, então deve estar errada.


17. Ignorando o conselho de peritos sem boas razões

Exemplo: Claro, os peritos dizem que não se deve andar de bicicleta no meio de um furacão, mas eu tenho minha
própria teoria.


18. Seguindo o conselho de reconhecidos idiotas

Exemplo: Tio Gumercindo sempre disse que carne de porco deixa as pessoas mais inteligentes. Pra mim ele tá
certo!


19. Chegando a conclusões estapafúrdias sem informação alguma.

Exemplo: O carro não pega. Com certeza as velas foram roubadas por palhaços desempregados


20. Falha no reconhecimento de padrões

Exemplo: Suas últimas seis esposas foram misteriosamente assassinadas. Espero ser sua sétima esposa.


21. Falha em reconhecer o que é importante

Exemplo: Minha casa está pegando fogo! Rápido, ligue para o jornal e peça para suspender a entrega da minha
assinatura!


22. Falha no conceito de custos irrecuperáveis

Exemplo: Gastamos milhões desenvolvendo um pula-pula movido a água. Não podemos parar agora ou será tudo
perdido.


23. Superaplicação da navalha de Ocam

Exemplo: A explicação mais simples para as aterrissagens na Lua é a de farsa.


24. Inabilidade em perceber que algumas coisas têm diversas causas

Exemplo: Os Beatles eram populares por uma única razão: eram bons cantores.


25. Julgando o todo por uma de suas características

Exemplo: O Sol causa queimaduras. Portanto, o planeta ficaria melhor se não houvesse o Sol.


26. Aguda percepção do óbvio ululante

Exemplo: Se todos tivessem mais dinheiro, a pobreza seria eliminada.


27. Culpar a ferramenta

Exemplo: Comprei uma enciclopédia mas continuo burro. Essa enciclopédia deve estar com defeito.


28. Alucinações da realidade

Exemplo: Consegui meus dados de uma árvore falante


29. Tirando conclusões ilógicas

Exemplo: Você começa deixando o barbeiro cortar o seu cabelo, ele vai acabar amputando um membro.


30. Falha em perceber por que regras não têm exceções

Exemplo: Roubar de uma loja não deveria ser contra a lei, desde que não se leve o suficiente para prejudicar
os lucros da empresa